Baile Retrô agita a Academia da Saúde e faz Japeri dançar ao som dos anos 60
Entre passos de twist, saias rodadas e muita animação, o projeto Viver com Saúde, promoveu atividade física e memória afetiva
A noite da última sexta-feira, (16), ganhou cores vibrantes e trilha sonora de vinil com o evento ‘Que onda, que festa de arromba‘, promovido pela Academia da Saúde do bairro São Jorge, para comemorar o mês das mães e da família.
Em clima de nostalgia, o equipamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) se transformou em um autêntico salão de baile dos anos 60, onde o rock ’n’ roll e a alegria da Jovem Guarda se misturaram aos cuidados com o corpo e à celebração de vínculos comunitários.
Logo na entrada, o clima nostálgico da ornamentação fazia quem chegava voltar no tempo ao se deparar com um painel repleto de capas de discos de Elvis Presley, Roberto Carlos, Clemilda e muitos outros que serviram de cenário. Além disso, a equipe e frequentadores capricharam na produção com lenços coloridos, óculos, coque alto, camisa listrada e, claro, os vestidos rodados de bolinha.



O evento ‘Que onda, que festa de arromba’, promovido pela Academia da Saúde do bairro São Jorge, comemorou o mês das mães
“Aqui a nossa integração é total. Mostramos que atividade física também é diversão”, explicou o educador, e ídolo da melhor idade, José Eduardo, ao lado de Renata Santana, professora de zumba.
“Resgatamos músicas que marcaram a juventude de muita gente e, ao mesmo tempo, adaptamos coreografias para alcançar a todos; e cada um faz no próprio ritmo”, completou Renata vestida a caráter para a festa.
Entre uma música e outra, o Dr Paulo Henrique, médico que acompanha o público da Academia da Saúde, circulava pelo salão para verificar se estava tudo bem com os participantes. “Aqui é diversão vigiada. Eles são audaciosos e não querem parar nem um minuto”, explicou o médico em tom bem-humorado.
Aula de saúde, viagem na história e exercícios pedagógicos em forma de entretenimento
A programação começou com um aulão de twist guiado pelos professores, que ensinaram passos simples para acompanhar clássicos como Banho de Lua e La bamba. “Os professores dessa vez vão aprender com a gente sobre como dançar um rock. Estamos suando e dando muitas risadas relembrando os tempos da nossa mocidade. E agora temos celulares para registrar cada momento da nossa festa. Naquela época o retrato era caro e as lembranças ficaram todas na memória e em poucas fotografias. Hoje vamos chegar em casa e mostrar aos netos”, disse Maria José, (73).
“Memórias que mexem com o coração”, Ana Maria, (67)
Para a aposentada Maria Neuza, a festa foi um mergulho na juventude: “Avisei ao meu pastor que na igreja eu vou para louvar e que hoje eu vinha pra me divertir e lembrar da minha juventude. Ele falou: vai mesmo Dna Maria, e aqui estou eu, aproveitando o baile”, explicou, indo participar de mais uma brincadeira.
Segundo a coordenadora Fabiana Oliveira, o evento é todo pensado para ir além do entretenimento. “As dinâmicas da ‘dança da laranja’ (feita com bola), ‘complete a música’ e ‘adivinhe a mímica’, possuem um viés que vai além da diversão: são pedagógicas, pois exercitam a memória, a coordenação motora, a concentração e a criatividade. Mas, para eles, é só uma onda, uma festa de arromba“, afirmou a coordenadora, que agradeceu a toda a equipe e à gestão municipal pelo apoio na realização do evento.
“Nosso objetivo é mostrar que a Academia da Saúde é um espaço de convivência que promove o bem-estar acima de tudo. E hoje eu acredito que vale mesmo a máxima dos velhos rockeiros: a gente não para porque envelhece; a gente envelhece porque para”, finalizou a gestora.
Fotos: Samuel Sant’anna / PMJ
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