Deputado Ricardo Abrão defende união de forças no combate ao crime organizado após Operação Contenção
O parlamentar nilopolitano afirmou que a escalada da violência no estado atingiu um patamar “muito grande e difícil de ser controlado”, ressaltando que o enfrentamento à criminalidade precisa ultrapassar barreiras ideológicas.

Por Geraldo Perelo
O deputado federal Ricardo Abrão (União-RJ) utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados para comentar os desdobramentos da Operação Contenção no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro agentes das polícias Civil e Militar, em confrontos nos complexos da Penha e do Alemão.
Abrão afirmou que a escalada da violência no estado atingiu um patamar “muito grande e difícil de ser controlado”, ressaltando que o enfrentamento à criminalidade precisa ultrapassar barreiras ideológicas.
“Não é mais uma questão de esquerda ou de direita, de Lula ou de Bolsonaro. O Estado do Rio e outros estados do país passam por um momento que exige entendimento de todos os parlamentares, do Congresso, do Senado, junto com governadores e o presidente da República, através do Ministério da Justiça”, disse.
O parlamentar, natural de Nilópolis, destacou que o crime organizado já não se limita ao tráfico de drogas, assumindo características de facções terroristas que dominam territórios e impõem regras à população.
Ele denunciou práticas de extorsão em comunidades, citando casos em que moradores de unidades do programa Minha Casa Minha Vida são obrigados a pagar taxas ilegais para permanecer em seus próprios imóveis — sob risco de expulsão — e relatou cobranças semelhantes sobre casas próprias em diversas áreas dominadas pelo crime.
“Eles vendem gás, água, internet clandestina, controlam mototáxis. Tudo hoje passa por essas facções. Não podemos mais tolerar isso”, afirmou Abrão.
O deputado também alertou para o elevado poder bélico das organizações criminosas, muitas vezes superior ao das forças policiais, e exaltou a atuação dos agentes de segurança.
“Temos que valorizar nossos policiais, que com coragem enfrentam o perigo e muitas vezes não voltam para suas famílias. O combate não é entre esquerda e direita, e sim contra facções que se tornaram terroristas e aterrorizam a população.”
Ricardo Abrão concluiu seu discurso pedindo união institucional para enfrentar a crise de segurança pública que assola o estado e outras regiões do país.
“Se formos a cada comunidade e ouvirmos os moradores de bem, vamos ouvir que não aguentam mais viver com tanto medo. Precisamos unir forças para enfrentar essa realidade.”
A Operação Contenção foi desencadeada após sucessivos episódios de violência envolvendo traficantes e criminosos fortemente armados, reforçando debates sobre segurança pública e a atuação das forças policiais no estado.















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