Governo do Estado anuncia três novas estações de tratamento de água para a Baixada Fluminense
Nicola Miccione e Agnaldo Ballon divulgaram um lucro líquido da Cedae de mais de R$ 1 bilhão, em 2024.
A cidade de Nova Iguaçu será contemplada pelo Governo do Estado com a construção da Nova Guandu, com capacidade de tratamento de 7,5 mil litros de água por segundo, beneficiando pelo menos 3 milhões de pessoas da Baixada Fluminense e Zona Oeste.
O projeto, que faz parte da ampliação de investimentos do sistema de tratamento de água e modernização das estruturas existentes, foi anunciado nesta sexta-feira (27) pelo secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, e o presidente da Cedae, Agnaldo Ballon, ao divulgarem no Palácio Guanabara, um lucro líquido da empresa de R$ 1,02 bilhão, em 2024.
Ainda de acordo com a Cedae, até o fim deste ano, a Baixada Fluminense deve ganhar três novas estações de tratamento de água: a ETA Tinguá e a ETA São Pedro, em Nova Iguaçu, além da ETA Xerém, em Duque de Caxias. A licitação para a construção da segunda etapa do projeto já está em andamento.
As duas novas estações, segundo a Cedae, vão dar mais estabilidade ao abastecimento porque possuem um sistema de microfiltração capaz de manter a operação, mesmo quando a água, que vem de uma reserva biológica, estiver com excesso de folhas, galhos e outros materiais orgânicos, como é comum em períodos chuvosos.
Ao todo, serão R$ 2,2 bilhões de investimentos no Sistema Novo Guandu, R$ 500 milhões no Sistema Acari, R$ 900 milhões no Sistema Ribeirão das Lajes, cerca de R$ 200 milhões em melhorias no Sistema Imunana-laranjal e outros sistemas, além de R$ 1,1 bilhão destinados a melhorias nos serviços prestados nos 15 municípios do interior onde a Cedae ainda opera.
Cláudio Castro: Uma Cedae mais eficiente
Para o governo do estado, o lucro líquido de mais de R$ 1 bilhão anunciado neste sexta-feira é mais que o dobro do valor registrado no ano anterior (R$ 453,9 milhões) e o maior desde 2019. O salto de 125% no lucro líquido decorreu, principalmente, do resultado operacional da Companhia (indicador dos ganhos obtidos com a atividade-fim, sem considerar impacto de juros e impostos), que fechou o ano em R$ 627,3 milhões, contra resultado negativo em R$ 36,7 milhões em 2023.
O governador Cláudio Castro avaliou o resultado como mais uma prova do acerto da concessão dos serviços de distribuição de água, realizada em 2021.
– Eu disse que não faria um mau negócio na concessão da Cedae, e não fiz. Hoje, o que vemos é uma companhia pública mais eficiente, com resultados operacionais sólidos, que permitiram o lucro histórico de R$ 1 bilhão. Essa é a prova de que é possível modernizar o Estado com responsabilidade, garantir investimentos e preservar o interesse público. O salto de 125% no lucro mostra que tomamos o caminho certo: um modelo que fortalece o papel estratégico da Cedae, focada em sua atividade-fim que é a produção de água. Parte desses recursos está sendo reinvestido em melhorias operacionais, que vão dar ainda mais eficiência à Cedae, com ampliação do tratamento de água e modernização das estruturas. É o Rio avançando com gestão responsável e visão de futuro – afirmou o governador.

Nicola Miccione destacou a retomada dos investimentos da Companhia com os resultados positivos pós-concessão.
Para a virada de chave da Companhia foi fundamental a queda de quase 20% nas despesas e custos operacionais. Entre os itens que contribuíram essa redução, destaques para gastos com material ( -20%), motivado pela modernização na metodologia de dosagem de produtos químicos; serviços de terceiros (-14%) por causa da economia de cerca de R$ 220 milhões com a compra de energia mercado livre; e provisões de contingências (-67,3%), em função do menor número de execuções cíveis e trabalhistas de valor expressivo.
O secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, destacou a retomada dos investimentos da Companhia com os resultados positivos pós-concessão.
– Os resultados da Cedae se mostram consistentes e comprovam que foi correta a decisão de focar na produção de água e na racionalização de processos de despesas. É um resultado financeiro robusto e paralelo à retomada de obras importantes que vão garantir a segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro nos próximos anos. Ao contrário de algumas épocas em que a Cedae dava lucro sem obras, neste momento, nós temos lucro com obras, com mais governança e com a empresa olhando para o futuro – comparou o secretário.
Em 2024, a receita líquida atingiu R$ 3,2 bilhões e, os ganhos financeiros, principal responsável pelo lucro do último exercício, totalizaram R$ 509 milhões. A taxa de investimento da Companhia chegou a 15,3% da receita líquida, 10 vezes mais do que o 1,4% investido em 2020, último ano antes da concessão dos serviços de distribuição ao setor privado.
O diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, destacou as reestruturações administrativa e financeira realizadas após a concessão, que devolveram à Companhia a capacidade de investir em serviços ainda mais eficientes e de melhor qualidade para a população, e o compromisso cada vez maior com a segurança hídrica e as questões socioambientais.
– No terceiro ano após as concessões, a Cedae voltou a registrar lucro consistente e gerado principalmente pelo resultado operacional. Após os ajustes de gestão necessários, a Companhia hoje é saudável financeiramente, moderna, alinhada com a preservação ambiental e demais práticas ESG, capaz de fazer investimentos e tão lucrativa quanto era antes da concessão, quando tinha receita muito maior – disse Ballon.
Segundo o diretor administrativo-financeiro da Cedae, Antonio Carlos dos Santos, os resultados colocam a Cedae entre as maiores empresas – públicas e privadas – de saneamento do país, e projetam um futuro promissor para a Companhia.
– Temos orgulho e alegria de entregar um resultado tão expressivo, tão importante e que coloca a Cedae no mesmo patamar das maiores empresas de saneamento do país. Eram uma empresa com relação a qual havia algumas pessoas pessimistas no passado, mas a gente prova que a Companhia pode e vai seguir em frente – garantiu o diretor.
Sobre a Cedae
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro é uma empresa de economia mista. Atualmente possui 673 acionistas minoritários com 0,0004% da totalidade das ações e o Estado do Rio de Janeiro como acionista majoritário possui 99,9996%. É responsável pela captação e tratamento da água que abastece a população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e mais 15 municípios do interior do estado.















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