Um Brilho que Não Se Apaga: A Baixada Fluminense celebra o legado de Fábio Mateus
Em uma noite marcada por música, emoção e memórias vivas, o Espaço Cultural Villelarte recebeu o lançamento do Instituto Fábio Mateus, criado para eternizar o legado do ator e produtor cultural que transformou a cena artística da Baixada Fluminense. Dois anos após sua partida, amigos, familiares, artistas e autoridades celebraram sua trajetória e reafirmaram o compromisso de manter vivo o espírito inovador e a paixão pela cultura que fizeram de Fábio um dos maiores símbolos da arte iguaçuana.

Por Geraldo Perelo
Foi uma noite para guardar no coração. O lançamento do Instituto Fábio Mateus, realizado na sala que leva o nome do ator no Espaço Cultural Villelarte, no centro de Nova Iguaçu, reuniu arte, afeto e uma energia contagiante. Uma celebração à altura do legado deixado por Fábio Mateus — ator, produtor cultural e referência maior na história da cena artística da Baixada Fluminense.

O lançamento do Instituto Fábio Mateus reuniu arte, afeto e uma energia contagiante de amigos e admiradores
Dois anos após sua partida, o público lotou o espaço para não apenas lembrar, mas sentir mais uma vez a presença e a força de Fábio. Emoção, música e sorrisos divididos com lágrimas deram o tom da noite do dia 24.
O evento abriu com a exibição do filme produzido por Emanuel Sant, que trouxe ao público memórias e traços marcantes da personalidade do artista que transformou sonhos em realidade. Fábio foi um dos criadores do EncontrArte, festival que colocou a Baixada no mapa das grandes produções, recebendo nomes como Mariah da Penha, Lupe Gigliotti, Marieta Severo e Marco Nanini. Também idealizou a EncontrArte Audiovisual, que há cinco anos oferece cursos gratuitos de cinema — e segue formando talentos.
A viúva de Fábio e uma das organizadoras do evento, Bernadete Travassos, emocionou o público ao recordar a trajetória do marido e sua dedicação incansável à cultura. Ela celebrou ainda a criação do Dia do Artista da Baixada, proposta apresentada pelo deputado Rafael Nobre, com coautoria da deputada Dani Monteiro, que avança na Assembleia Legislativa como mais um reconhecimento ao movimento cultural da região.

Bernadete Travassos, emocionou o público ao recordar a trajetória do marido e sua dedicação incansável à cultura
E, claro, como Fábio era sinônimo de arte pulsante, a noite teve alegria. Teve música boa com Daniel Guerra (vocalista do Pimenta do Reino) e o músico Kefren Jones, que embalaram o público enquanto figurinos icônicos das peças Precisa-se de Velhos Palhaços e A Perseguida transportavam todos para o universo cênico que Fábio tanto amava.
O presidente do Instituto, Anderson Marques, emocionou-se ao falar sobre os propósitos da instituição. “Queremos manter viva a memória de Fábio, seu legado de resistência cultural, e formar novos artistas, novos produtores. Queremos fomentar debates, apoiar projetos e ir além da cultura, chegando às áreas de esporte, educação e assistência social”, destacou. Dividem a diretoria Mônica Travassos, Avelino Ribeiro, Carol Ferreira, Laura Gonna, Emanuel Sant, Wagner Alves e Felipe Villela.

Dividem a diretoria, Mônica Travassos, Avelino Ribeiro, Carol Ferreira, Laura Gonna, Emanuel Sant, Wagner Alves e Felipe Villela.
A noite também contou com presenças ilustres da política e da cultura regional, reforçando o impacto do trabalho de Fábio. Entre os presentes, o ex-deputado estadual Jorge Gama, os ex-vereadores Maurílio de Oliveira e Ferreirinha, além de representantes da Associação Arcádia Iguaçuana dos Amigos das Artes, da qual Fábio foi integrante ativo, com homenagem conduzida por Gama e Décio Lima.
A memória permanece, o legado se fortalece — e, a partir de agora, o Instituto Fábio Mateus nasce para inspirar novas histórias, novas vozes e novas plateias. Porque certos artistas, como ele, não vão embora: continuam iluminando o palco da vida.
- Com a Jornalista Madalena Ângelo
- Fotos- Luciana Nobre- divulgação IFM)















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