Nilópolis se Destaca na Geração de Emprego com ações de cidadania implantadas na Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Econômico
Composta na sua maioria por famílias classe média “B” e “C”, Nilópolis é atualmente uma grande geradora de mão de obra para a capital fluminense e Região Metropolitana
Por Geraldo Perelo
Tradicionalmente conhecida como “cidade dormitório”, Nilópolis vem quebrando paradigmas e redefinindo seu papel no cenário da Baixada Fluminense. O que antes era visto como um território de passagem para quem trabalha na capital, agora desponta como polo ativo de geração de empregos, capacitação profissional e inclusão social. No centro dessa revolução silenciosa está a orientação do prefeito Abraão David Neto, o Abraãozinho, e a atuação vibrante e estratégica da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Econômico, responsável por inserir cerca de 15 mil pessoas no mercado de trabalho nos últimos 12 anos.

Sob o comando de Eduardo Amorim, o Dudu — jornalista, publicitário e também presidente do Fórum Fluminense de Secretários e Gestores do Trabalho (Fortrab) — a Secretaria transformou-se numa engrenagem eficiente de desenvolvimento humano e econômico. Mais do que oferecer vagas, a pasta promove dignidade, autonomia e esperança, reescrevendo histórias de vida. Dudu Amorim não é apenas gestor: é articulador, visionário e uma liderança reconhecida no cenário estadual, elogiado, inclusive pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que o classificou no encontro que os dois tiveram em 2024, como “case de sucesso” no setor, fato, segundo garantiu, ainda não visto em outras regiões do país.
Muito além da intermediação de vagas
Dudu Amorim deixa claro que sua Secretaria não se limita a ser um balcão de empregos. Seu trabalho é de engenharia social. Realiza palestras quinzenais para desempregados em situação de vulnerabilidade, orienta, desde a postura numa entrevista até a redação de um currículo competitivo, atua com escuta ativa e prepara o candidato para enfrentar com segurança as exigências do mercado de trabalho.
“Não basta estar capacitado; é preciso saber se apresentar. Um olhar, um gesto, um tom de voz pode definir a contratação ou a rejeição”, enfatiza o secretário.
A atuação da Secretaria vai além da sala de entrevistas. Com um posto avançado do Sistema Nacional de Emprego (Sine), o município já garantiu 8 mil contratações formais, enquanto os cursos de capacitação profissional já formaram, só neste semestre, 2 mil alunos, majoritariamente mulheres acima dos 30 anos, muitas das quais nunca haviam feito um curso técnico na vida.

Dudu Amorim: A população precisa de políticas públicas contínuas e eficientes
Em parceria com o Sistema S (Senai/Firjan), a prefeitura oferece formação gratuita em áreas como administração, logística, marketing e mecânica. São cursos com certificação valorizada e resultados concretos, com índices altos de empregabilidade imediata. O projeto não para por aí: está sendo estruturada a logística de transporte dos alunos até a Firjan, em Nova Iguaçu, com apoio de empresas de ônibus locais.
Nilópolis abriga ainda uma Faetec, de formação básica, profissional, um CVT (Centro Vocacional Tecnológico) e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), que também ofertam educação profissional e tecnológica em diferentes modalidades, desde o Ensino Técnico de Nível Médio à Pós Graduação. E está um passo de inaugurar uma segunda Faetec, na Praça de Eventos.
Na avaliação do secretário, uma cidade como Nilópolis, com altos índices de qualidade de vida, excelente infraestrutura e um ensino dos mais premiados, tende a registrar menos problemas sociais. “Nós oferecemos mão de obra forjada em boa educação, arte e cultura, que acaba sendo exportada para outras regiões, dentro e fora do estado. Com isso, a gente se torna uma cidade muito bem organizada em relação a estudo e capacitação profissional. Isso tudo ajuda a população nilopolitana a se preparar para um mercado de trabalho promissor. Daí também a razão de sermos grandes geradores de mão de obra”, diz.
Expo Trabalho e a Geração Prateada
A 5ª edição da Expo Trabalho, em maio, foi um espetáculo de mobilização. Realizada na quadra da Beija-Flor, o projeto atraiu 80 empresas e 8 mil candidatos para 4 mil vagas, resultando em 2.900 contratações imediatas. O evento se tornou vitrine da força organizativa de Nilópolis, ganhando atenção de empresas da capital e até de multinacionais como a Amazon, que aderiram com entusiasmo ao projeto.
Mais do que uma feira de empregos, a Expo se consolidou como celebração da cidadania produtiva, onde empresas enxergam potencial humano e a esperança troca de mãos com oportunidades reais.
A Secretaria entende que dignidade não tem idade. Com 20% da população acima de 60 anos, Nilópolis lançou o Programa Geração Prateada, promovendo ações inclusivas e exclusivas para idosos. O resultado? Contratações imediatas, autoestima resgatada e uma população que volta a se sentir útil e incluída. Na mais recente palestra, no IFRJ, 35 idosos foram contratados na hora e outros 85 encaminhados a processos seletivos. Mais do que números, isso representa reconhecimento e respeito por uma geração que ainda tem muito a oferecer.


A Expo Trabalho atraiu mais de 80 empresas com ofertas de vagas de empregos em diversos segmentos
Num tempo em que políticas públicas são muitas vezes genéricas, Nilópolis também personaliza o atendimento. A Secretaria atua junto a jovens em conflito com a lei, desenvolve propostas para inserção produtiva da comunidade LGBTQIA+, e acolhe e capacita mulheres vítimas de violência doméstica, em parceria com a Casa da Mulher. Não são ações paliativas — são projetos transformadores.
O município dispõe até da Sala do Empreendedor (com suporte do Sebrae), já criou o Conselho Municipal do Trabalho e agora implanta o Fundo Municipal do Trabalho, fundamental para captar recursos federais e estaduais visando a ampliação da rede de capacitação.
Mais trabalho, menos desemprego
Composta na sua maioria por famílias classe média “B” e “C”, Nilópolis é atualmente uma grande geradora de mão de obra para a capital fluminense e Região Metropolitana do Rio de Janeiro, além de registrar índices muito baixo de desemprego. Para Dudu Amorim, parte dessa mão de obra também é consumida internamente, em áreas do comércio e serviços, na sua grande maioria, sem Carteira de Trabalho assinada.
“Eu diria que são pelo menos cerca de 5 mil pessoas trabalhando no município, somente no comércio e em salão de beleza, exercendo a função de cabeleireiro e manicure, tudo na informalidade. Mas estão trabalhando, não estão desempregados. No entanto, essas pessoas acabam ficando invisíveis para o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho”, explica o secretário, frisando que a grande maioria das vagas de emprego que a prefeitura oferta tem como destino outras regiões.
Dudu Amorim revela um dado bastante animador: a demanda por emprego entre os próprios nilopolitanos vem caindo. “Nas vagas de Jovem Aprendiz, por exemplo, quase não temos moradores locais inscritos. Isso mostra que nosso desemprego é um dos menores da região”, avalia.
Com 60% da população economicamente ativa trabalhando fora da cidade, Nilópolis se tornou uma região que não apenas exporta mão de obra qualificada, mas forma cidadãos prontos para os desafios do mundo moderno. Entre as novidades que estão por vir, o secretário Dudu Amorim cita o Sine itinerante pelos bairros e a Expo Idoso, que promete ser um novo marco no atendimento à terceira idade. Além disso, o governo municipal segue firme na busca de mais parcerias com instituições de ensino, empresas e entidades públicas para fazer da capacitação um direito e da empregabilidade uma realidade cada vez mais tangível.
“A gente não pode parar. A população precisa de políticas públicas contínuas e eficientes. Quando você entrega resultados, o povo reconhece. Esse é o nosso papel”, conclui Dudu.
Nilópolis deixou de ser, portanto, apenas ponto de partida para trabalhadores e se transformou em destino de oportunidades. A atuação da Secretaria Municipal de Trabalho é o retrato de uma gestão que sabe ouvir, sabe planejar e, principalmente, sabe fazer. Em tempos de descrença, é bom saber que há uma cidade da Baixada provando que políticas públicas bem aplicadas ainda podem mudar o jogo. E Nilópolis está jogando para ganhar.















Publicar comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.