Hospital Adão Pereira Nunes celebrou o Dia Nacional da Doação de Órgão com eventos de conscientização em Duque de Caxias
O principal objetivo é incentivar as pessoas a conversar com suas famílias sobre o desejo de serem doadores, já que a autorização para a doação de órgãos, em caso de morte, é feita pela família.

No dia 27 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Para marcar a data, foi criada a campanha Setembro Verde, uma iniciativa nacional para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e de tecidos. O principal objetivo é incentivar as pessoas a conversar com suas famílias sobre o desejo de serem doadores, já que a autorização para a doação de órgãos, em caso de morte, é feita pela família.
Para dar visibilidade à campanha Setembro Verde em Duque de Caxias, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, promoveu neste fim de semana, atividades nos corredores do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), com a apresentação de mural, abordagem e conscientização de usuários e de funcionários. Na mesma data, no auditório do hospital, foi realizado um evento cercado de muita emoção, com a presença de familiares de doadores de órgãos captados no HMAPN.
Presente no evento, Janilce Magalhães, que é receptora de um transplante pulmonar, exaltou o trabalho da equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante .
“Quero destacar a importância desta equipe, responsável pela captação de órgãos. É por meio dessa sensibilização que conseguimos o ‘sim’, e é, graças ao trabalho deles que, no fim, recebemos a chance de ter um órgão. Agradeço às famílias doadoras; pois, sem o ‘sim’ delas, não existe vida.”

Janilce, receptora de um transplante pulmonar, agradeceu às famílias doadoras; pois, sem o ‘sim’ delas, não existe vida.”
Instalada no hospital, desde janeiro de 2014, de forma exclusiva, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante é composta de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, e que é obrigatória em hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de 80 leitos.
Doação pode salvar até 9 vidas
A Comissão é um braço da Central Estadual de Transplantes, que tem a sua base na unidade e que é responsável por todos os casos de morte encefálica que podem possibilitar a doação de órgãos e de tecidos. Para que a doação aconteça, o paciente tem de estar em morte encefálica – quando o cérebro morre, e os órgãos continuam funcionando. A partir de um único doador, até nove vidas podem ser salvas, e estas ainda podem melhorar a qualidade de vida de até 50 pessoas, por intermédio da doação de tecidos.

A CIHDOTT do Adão Pereira Nunes destaca-se por se manter, nos últimos 10 anos, em primeiro lugar na taxa de autorização familiar para doação de órgãos, entre os hospitais do Estado do Rio de Janeiro, chegando a 70% de efetividade. No ano de 2024, foram conduzidos 107 protocolos de morte encefálica, resultando em 61 autorizações familiares para doação de órgãos e de tecidos, com a captação de 101 órgãos e 50 córneas para transplantes.
Em 2025, até o final de agosto, foram conduzidos 63 protocolos, resultando em 30 autorizações familiares para doação de órgãos, com a captação de 55 órgãos e de 30 córneas para transplantes. É importante destacar que os órgãos captados salvam vidas de receptores que aguardam na fila de transplante, não só do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil.
“Quando a família recebe a notícia de um óbito, precisamos ser sensíveis, conversando com os familiares e respeitando a vontade deles. É uma decisão difícil; mas, devido ao vínculo criado durante a internação, muitas famílias já conseguem decidir no momento. Ainda assim, orientamos que conversem em casa com todos os familiares, pois nossa intenção não é gerar atritos. Iniciamos a CIHDOTT em 2014 e hoje somos líderes em doação de órgãos no estado. Esse resultado é fruto do trabalho de uma equipe altamente qualificada”, destacou Gilberto Malvar, coordenador de enfermagem do CIHDOTT.

O coordenador também destacou a importância do evento. “Todo ano, em setembro, mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos, realizamos esta homenagem às famílias que tiveram esse gesto de amor. É fundamental que elas percebam como sua decisão salvou outras vidas e é muito digna esta homenagem a eles.”
Seja um doador de órgãos
Para ser um (a) doador(a), é preciso conversar com a família sobre esse desejo e deixar claro que os familiares devem autorizar a doação de órgãos. Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do(a) doador(a); mas, segundo o Ministério da Saúde, na maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. A doação de órgãos é gratuita e não tem compensação financeira.















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