Magé

Onde a esperança pulsa no olhar de quem nela vive

Onde a esperança pulsa no olhar de quem nela vive

A Igreja de São Nicolau foi erguida no alto de um morro à margem do rio Suruí.

O município de Magé, localizado na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, possui uma rica história que remonta aos primórdios da colonização portuguesa no Brasil. Sua origem está ligada à ocupação das margens da Baía de Guanabara, por onde os portugueses avançaram no território com o intuito de explorar e dominar as rotas comerciais e indígenas da região.

A história de Magé começou no século XVI, quando as terras eram habitadas por povos indígenas, especialmente os Tamoios. Com a chegada dos colonizadores portugueses, a região passou a ser ocupada por sesmarias – grandes porções de terra concedidas pela Coroa Portuguesa – o que deu início à formação de núcleos rurais. A partir de 1565, com a fundação da cidade do Rio de Janeiro, a região de Magé ganhou importância estratégica por estar próxima das rotas de acesso ao interior.

Magé foi uma das primeiras áreas do interior fluminense a se desenvolver economicamente, graças à agricultura, ao cultivo de cana-de-açúcar e à proximidade com a capital. A cidade também foi ponto importante durante o ciclo do café, com o funcionamento do Porto de Mauá e a Estrada de Ferro Mauá, a primeira ferrovia do Brasil, inaugurada por Irineu Evangelista de Souza, o Barão e depois Visconde de Mauá.

Magé foi elevada à categoria de vila em 2 de março de 1825, e mais tarde, à condição de cidade. A emancipação político-administrativa foi um marco importante, consolidando a autonomia da região e permitindo a formação de uma estrutura de governo local. Ao longo do século XIX e início do século XX, Magé experimentou avanços nas áreas de transporte, agricultura e comércio.

O município foi se expandindo, incorporando distritos e desenvolvendo áreas urbanas, como Piabetá, Pau Grande, Suruí, Guarani, entre outros. A partir da segunda metade do século XX, com a urbanização acelerada da Baixada Fluminense, Magé enfrentou desafios relacionados à infraestrutura e à mobilidade, mas também viu crescer sua população e diversidade cultural.

O povo de Magé é o retrato da miscigenação brasileira: descendentes de indígenas, africanos e europeus formam a base da população. São pessoas conhecidas por sua resiliência, trabalho árduo e forte senso de comunidade. A cidade tem orgulho de suas tradições religiosas, culturais e festivas, como o candomblé, a Umbanda, o catolicismo popular, e as celebrações juninas e folclóricas.

Além disso, Magé é berço de personalidades marcantes, como o jogador Manoel Francisco dos Santos, o eterno Garrincha, nascido em Pau Grande e considerado um dos maiores gênios do futebol mundial.

Atualmente, Magé continua em processo de transformação. Apesar dos obstáculos históricos e socioeconômicos, a cidade busca retomar seu protagonismo com investimentos em educação, saúde, mobilidade e desenvolvimento urbano. Seu povo segue sendo o principal motor dessas mudanças, mantendo viva a identidade mageense que une passado, presente e futuro em um só espírito.

A estação Guia de Pacobaíba, antiga Estação Mauá, foi a primeira estação de trens do Brasil, inaugurada em 1854

No campo dos atrativos culturais e de lazer, Magé encanta com seu patrimônio histórico e belezas naturais. O município abriga igrejas centenárias, como a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, construções coloniais, e trilhas ecológicas que cortam a exuberante Mata Atlântica da Serra dos Órgãos. As cachoeiras de Raiz da Serra e o Parque Natural Municipal Barão de Mauá são convites ao descanso e ao contato com a natureza. Já para os amantes da história, a Estrada de Ferro Mauá, primeira ferrovia do Brasil, simboliza o pioneirismo e a importância da região no cenário nacional.

Administrativamente, Magé passou por diversas fases ao longo dos séculos, refletindo as mudanças políticas e territoriais do país. De freguesia à vila, e mais tarde à cidade, o município consolidou sua autonomia administrativa e busca, constantemente, modernizar sua gestão e ampliar os serviços públicos para atender melhor à sua população.

No aspecto econômico, Magé tem se reinventado. Historicamente agrícola e com forte presença no setor de serviços, o município vem se destacando nos últimos anos como área estratégica para o desenvolvimento industrial e logístico, graças à sua proximidade com a capital do estado e aos investimentos em infraestrutura. O potencial turístico, aliado à vocação para a produção rural e às novas oportunidades de emprego, projeta um futuro de crescimento sustentável e inclusão social.

Magé é, assim, uma cidade que caminha entre o passado e o futuro, entre a memória e o progresso. Um lugar de encantos simples, mas profundos, onde a história vive nas ruas e a esperança pulsa no olhar de quem nela vive.

  • Área Territorial – 390,775km² 
  • População no último censo – 228.127pessoas 
  • Densidade demográfica – 583,78hab/km²  
  • População estimada – 244.092pessoas _  6 a 14 anos97,7% – 0,709
  • IDHM Índice de desenvolvimento humano municipal – 0,709 

Nas últimas eleições Magé elegeu o Prefeito Renato Cozzolino e a Vice-Prefeira Janille Cozzolino, além de 17 vereadores.

Prefeito Renato Cozzolino
Vice-Prefeita Jamile Cozzolino
João Victor Família
Felipe Menezes
André Kekinha
Fernando do Salão
Arthur Cozzolino
 Igor Fabiano
Felipe Menezes
Jane Pereira
Junior da Capela
 Leandro Rodrigues
 Léo da Vila
 Lucas Família
Pablo Vasconcelos
Pará de Mauá
Valdeck Ferreira
Vinicius Nina
 Werner Saraiva