Prefeitura de Nilópolis investe na formação de dez novos agentes para cuidar do trânsito da cidade

Integrantes participaram de aula de defesa pessoal com sensei Gessé Cintra na Casa da Luta Nilopolitana

Já está quase na etapa final o curso de formação dos 10 novos agentes de trânsito promovido pela Secretaria Municipal de Transportes (SEMTRAN). Na quinta-feira (6), os formandos participaram, no final da manhã, de aula de defesa pessoal com o sensei Gessé Cintra, diretor da Casa da Luta Nilopolitana, no bairro Frigorífico.

O último concurso para essa função foi realizado há 11 anos e, com a aposentadoria, falecimento e saída de servidores, havia necessidade de recompor o quadro funcional. Agora, a SEMTRAN contará com 36 agentes de trânsito, mas com uma mudança de lei ordinária, seria possível chegar a 40 funcionários.

Rogério Souza, 49 anos, está empolgado com o trabalho. “Espero ajudar, com meu trabalho, a tornar Nilópolis um lugar melhor para a população”, afirmou ele, morador de Tomás Coelho, no Rio, mas vai se mudar com a família para Nilópolis. Ele era concursado na área de Educação e trabalhava como inspetor de alunos na Escola Municipal José D`Alessandro.

Educação para o trânsito

Moyses Abreu, 29 anos, largou a insegurança do serviço com carros de aplicativos pelo trabalho como agente de trânsito. “Fiz concursos para a polícia militar, para a guarda municipal e para agente de trânsito de Nilópolis. Passei nesse último. O salário não é ruim e é perto de casa”, contou o rapaz, que mora em Mariópolis.

“Eles vão atuar na educação para o trânsito, segurança viária e fiscalização do tráfego a partir de 1º de dezembro”, afirmou o coordenador geral do Curso de Formação dos Agentes de Trânsito, Nilton Marques, acrescentando que os concursados terão, ao final,  320 horas de aula, inclusive com aulas de integrantes do Comando de Polícia Rodoviária (CPRV) da PMERJ.

O sensei Gessé Cintra agradeceu o convite para ministrar a aula de defesa pessoal. “Eu me sinto muito honrado por ser convidado para dar essa aula. Começamos com um alongamento e aquecimento dos alunos”, explicou Cintra, que ensinou noções de defesa pessoal, como o agente de trânsito deve agir ao abordar um motorista e ao ser chamado por um pedestre.

Mestre de caratê shotokan com 52 anos de experiência e um dos precursores desta arte marcial na Baixada Fluminense, mestre Gessé ensinou ainda como os agentes podem se defender quando perceberem que podem ser agredidos.

“O agente de trânsito não é policial e deve manter uma distância de dois metros, para que não tenha sua atenção desviada por outra pessoa, e abordar o motorista de lado, para se tornar um alvo menor”, orientou.

Anteriormente, os futuros agentes tiveram duas semanas de aulas de defesa pessoal, fizeram testes e preparação física e cuidados com a saúde no Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais, em Campo Grande.