Projeto Enfermeiro Eduardo Paulino promove saúde e inclusão para idosos em Japeri
As atividades oferecidas incluem aulas de violão, zumba, artesanato e até oficinas abertas para crianças a partir dos 10 anos. Além dos professores de educação física, o projeto conta com psicóloga, assistente social, músicos, artesãos, agentes comunitários de saúde e até voluntários da construção civil, que contribuem para a manutenção do espaço.

Com o objetivo de promover saúde, bem-estar e inclusão social para a população idosa de Japeri, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos firmou parceria com o Projeto Enfermeiro Eduardo Paulino, no bairro Delamare. O nome é uma homenagem a um profissional de saúde já falecido do município, já falecido.
As atividades oferecidas incluem aulas de violão, zumba, artesanato e até oficinas abertas para crianças a partir dos 10 anos. Além dos professores de educação física, o projeto conta com psicóloga, assistente social, músicos, artesãos, agentes comunitários de saúde e até voluntários da construção civil, que contribuem para a manutenção do espaço.

O projeto conta com psicóloga, assistente social, músicos, artesãos e agentes comunitários de saúde
Atualmente, o projeto está sob a coordenação da professora Sônia Regina, que desde junho do ano passado tem transformado o espaço em uma referência para idosos que buscam atividades físicas, lazer, aprendizado e novas amizades.
Sônia, que também é professora de artesanato, reforçou o propósito da instituição. “Mais do que atividades, oferecemos socialização. Muitos idosos moram sozinhos e aqui encontram amigos, atenção e cuidado. Queremos que cada pessoa sinta que faz falta quando não comparece. Esse espaço é deles, mas também de todos os voluntários que se dedicam para transformar vidas”, disse.
Ela compartilhou ainda sua trajetória como inspiração. “Após 30 anos sem estudar, fiz o Enem e entrei na faculdade. Hoje estou no 3º período de Pedagogia. Já passei por cinco cirurgias seguidas e agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui. Este projeto é um presente para a comunidade”, contou.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos, Luiz Henrique, a iniciativa vai muito além da prática de exercícios. “Sabemos da importância deste trabalho para os moradores da terceira idade. Precisamos valorizar o envelhecimento saudável e também ensinar o uso de aplicativos e redes sociais, já que hoje quase tudo é feito pelo celular. Muitos idosos acabam sendo vítimas de golpes por falta de orientação. Aqui eles têm acolhimento, aprendem, convivem e encontram um refúgio”, disse.
O núcleo do Delamare é o primeiro do município, mas a Secretaria já estuda a abertura de outros polos pela cidade, ampliando as ações voltadas para a saúde mental e a socialização dos idosos.
Histórias de superação
Entre os participantes está Maria Janete, de 66 anos, nascida e criada no bairro. “Comecei a fazer exercícios no Golfe, mas era muito longe. Aqui ficou melhor. Faço as atividades por indicação médica, pois tive um AVC e fiquei um tempo paralisada, usando até muletas. Por meio do projeto voltei a andar e hoje também faço aulas de violão e artesanato, que são uma verdadeira terapia”, comemorou.
Já Sheila Alves Ribeiro, moradora há 60 anos no Delamare, ressalta a importância da iniciativa. “Nunca tivemos um projeto como esse. Muitas pessoas idosas precisam desse cuidado. Tenho hérnia de disco, problemas de coração e uso marca-passo. Esse projeto foi a melhor coisa que me aconteceu. Espero que não termine nunca, porque me sinto muito melhor desde que comecei a participar”, explicou.
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