Polícia realiza “Operação Menu do Crime”, na Baixada Fluminense e Zona Sul do Rio para apurar entrada de drogas e celulares em presídios
A ação conjunta dos agentes da Polícia Civil e da SEAP busca 16 alvos no Centro, nas Zonas Norte e Oeste e Baixada Fluminense
O Governo do Estado, por meio de ação conjunta da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO) e da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), realiza, nesta terça-feira (17), a “Operação Menu do Crime”, que cumpre mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que utilizava “quentinhas” para entregar drogas, celulares e outros ilícitos em presídios. Os agentes atuam em endereços no Centro, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá e Bangu, na Zona Oeste; Ilha do Governador, na Zona Norte; e Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A operação teve como base um relatório da inteligência da SEAP, elaborado após a apreensão de drogas, celulares e outros itens ilícitos no Presídio Nelson Hungria (Bangu 7), em 16 de setembro de 2023. Além do cumprimento de mandados, a ação visa obter outras informações sobre todo o esquema criminoso, a fim de fortalecer as investigações, identificar os envolvidos e rastrear o destino dos valores durante as operações criminosas. A operação investiga 16 alvos, com cumprimento de mandados de busca e apreensão em 31 endereços.


Os agentes atuaram em endereços na região do Centro, Zona Sul do Rio e na Baixada Fluminense.
Na ação de setembro de 2023, o motorista de uma van de entrega foi preso, no interior do presídio Bangu 7, transportando “quentinhas” adulteradas. Foram apreendidos no interior do veículo 20 kg de drogas, entre maconha e cocaína, 71 telefones celulares, 19 chips para telefone celular, 96 carregadores de telefone celular, 96 fones de ouvido e três balanças de precisão. Além do motorista, dois agentes da SEAP também foram presos por terem facilitado a entrada dos bens.
Segundo apurado, os criminosos aliciavam pessoas na empresa que fornecia as marmitas para que não colocassem os lacres corretos na van, deixando-os com o motorista. Depois, o veículo, que deveria seguir diretamente para o presídio, desviava a rota e parava em estabelecimentos para realizar a troca de marmitas boas por adulteradas. O lacre correto era colocado e a van seguia para o seu destino. Nos presídios, policiais penais que estavam em conluio com o esquema criminoso facilitavam a entrada, não realizando as vistorias devidas, permitindo que as quentinhas com drogas, celulares e outros ilícitos chegassem até os presos.
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