Muita emoção e devoção de milhares de fiéis de Nova Iguaçu na festa de São Jorge

Muita emoção e devoção de milhares de fiéis de Nova Iguaçu na festa de São Jorge

Nova Iguaçu viveu dias de pura devoção, emoção e identidade cultural com a tradicional Festa de São Jorge, oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial da cidade. Foram dias de muita oração, alegria e memória coletiva, com a Baixada Fluminense mostrando que sua alma pulsa ao som dos tambores, ao cheiro da vela acesa e ao toque da espada do santo guerreiro

Por Geraldo Perelo (*)

Nova Iguaçu viveu dias de pura devoção, emoção e identidade cultural com a tradicional Festa de São Jorge, oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial da cidade. Foram dias de muita oração, alegria e memória coletiva, com a Baixada Fluminense mostrando que sua alma pulsa ao som dos tambores, ao cheiro da vela acesa e ao toque da espada do santo guerreiro.

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima e São Jorge, situada no Centro da cidade, tornou-se um epicentro da devoção. Milhares de fiéis, de todas as idades e bairros, passaram por lá, desde a madrugada desta quarta-feira (23) participando das missas que se estenderam das 5h às 21h. Para muitos, São Jorge representa “coragem, força e proteção” – símbolos que tão presentes na alma do povo fluminense.

O bispo da Diocese de Nova Iguaçu, Dom Gílson Andrade, celebrou a missa solene, a das 10 horas. No final da tarde, a procissão, carregada de emoção, tomou as ruas com um mar de fiéis trajando o branco e vermelho. 

Milhares de fiéis lotaram a Igreja de São Jorge em busca de proteção do santo guerreiro

`Padre Roberto, vigário paroquial, disse ao gpbaixadanews.com que a festa estava acontecendo num dia solene e importante, por ser um ano jubilar da esperança proclamado “pelo nosso amado Papa Francisco, falecido neste último dia 21”.

— São Jorge, para todos nós, cristãos, é um homem de fé, um mártir, alguém que soube abraçar a causa de Jesus e viver o Evangelho. Que Deus, através de São Jorge, possa abençoar cada irmão, cada irmã da cidade de Nova Iguaçu, do Brasil e do mundo — disse.

Como manda a tradição, o terço de São Jorge ecoou pelos alto-falantes da igreja, conduzido com fervor, enquanto promessas eram cumpridas e preces sussurradas entre lágrimas e sorrisos, diante da imagem de São Jorge.

Entre os devotos, dona Ivonete da Silva, de 67 anos, segurava uma imagem do santo com as mãos trêmulas:

— São Jorge salvou meu filho de um acidente. Ele nasceu de novo. Eu venho todos os anos agradecer. Enquanto eu tiver forças, estarei aqui, rezando, caminhando, contando com ele — explicou.

A Rua Getúlio Vargas, também conhecida como “ruas dos cartórios”, se transformou num verdadeiro shopping a céu aberto, vibrante, colorido e pulsante. Shows ao vivo para todos os gostos, feira gastronômica com sabores convidativos, barracas de artesanatos e apresentações culturais celebraram não só o santo, mas também a cultura viva da Baixada Fluminense.

A vice-prefeita Roberta Teixeira conversou com os pequenos empreendedores na festa de São Jorge

A festa contou ainda com apoio da Prefeitura, que viu na celebração, não apena um evento religioso, mas um marco efetivo e identitário da cidade. A vice-prefeita, Roberta Teixeira, médica e filha de Nova Iguaçu, se emocionou ao falar da infância.

Roberta Teixeira deu um depoimento público, ao microfone da festa, lembrando que nasceu no hospital Iguassu, hoje Maternidade Mariana Bulhões, ao lado da Igreja de São Jorge. “Nós adolescentes, esperávamos chegar a festa de São Jorge, onde nossas mães se sentavam nas barracas e podíamos ficar livre com nossos amigos. A festinha de São Jorge era o grande evento para os adolescentes de Nova Iguaçu. Então, hoje, é muito gratificante ver a festa de São Jorge acontecendo com essa excelência do trabalho de todos os envolvidos”, disse, depois de passar cumprimentando donos de barraquinhas e fiéis, ao longo da Rua Getúlio Vargas.

— A feirinha (na festa de São Jorge) vai continuar. O nosso objetivo, enquanto Prefeitura de Nova Iguaçu, é apoiar os empreendedores iguaçuanos, a sociedade iguaçuana e a Igreja de São Jorge, para que a festa continue acontecendo —, prometeu a vice-prefeita.

(*) Geraldo Perelo é fundador e editor do gpbaixadanews.com

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